MIRTILOS

Caros Amigos e Clientes do VIVEIRO DO LIMA, sobre esta família de plantas já não há muito a dizer. É um fruto conhecido de quase todos e que protagonizou um dos maiores aumentos de área plantada e produção, no nosso país e na Europa, na última década.

Os Mirtilos, cuja principal espécie é o Vaccinium corymbosum, são pequenos arbustos, que podem atingir os 2m de altura e igual dimensão em termos de largura; que gostam de se desenvolver em solos ácidos, entre os 4,3 e os 4,8 de pH; que não gostam de solos pesados ou encharcados, apesar de necessitar de rega regular; que dão pequenos frutos muito apreciados pelos pássaros, daí a necessidade de colocar algumas proteções, sobretudo quando em plantações de dimensão reduzida.

Apresentada que está a família dos Mirtilos, para aqueles que ainda não conheciam esta fruteira, gostávamos de aproveitar este espaço para alertar para algumas situações que por vezes observamos e que podem levar ao insucesso na plantação deste arbusto.






Desde logo, queremos chamar a atenção para o facto de que nem todos os Mirtilos são na realidade da espécie Vaccinium corymbosum. Aliás, a grande maioria das variedades cultivadas atualmente é o resultado do cruzamento desta espécie com outras da mesma família. Isto faz com que tenhamos plantas por vezes muito semelhantes, mas com características e necessidades distintas.

De modo a facilitar o entendimento destas características ou necessidades, é vulgar dividir os Mirtilos em três grupos, a saber: o grupo do Norte, o grupo do Sul e o grupo dos Rabbiteyes. 
As maiores diferenças culturais entre estes três grupos prende-se com as suas necessidades de frio, durante o Inverno e as épocas de colheita. O normal, é dizer que os Mirtilos do grupo do Norte necessitam de muitas horas de frio, entre 800 e 1000 horas, enquanto os do Sul necessitam no máximo de 600 horas (mas há variedades que quase não necessitam de frio para produzir), enquanto os Rabbiteyes requerem entre 350 e 700 horas.

Por norma, as variedades do Sul são mais precoces, na sua colheita, enquanto as variedades de Rabbiteyes mais utilizadas pela sua colheita tardia, algum tempo depois das variedades do grupo do Norte.
Muito importante, na escolha das variedades a utilizar na sua plantação, é também o mercado com que pretende trabalhar e a mão de obra que terá disponível para a colheita.


Relativamente ao destino dos seus frutos, deve pensar que caso o objetivo seja a exportação, o ideal será concentrar ao máximo a sua produção, utilizando um número reduzido de variedades, com épocas de maturação semelhantes e curtos períodos de colheita, de modo a conseguir um volume de fruta suficiente, para fornecer esse mercado durante um determinado período de tempo.


Convém também lembrar, que quando se trabalha para o mercado externo, deve optar-se por variedades com boa capacidade de conservação pós-colheita, pois haverá um longo período de tempo desde a colheita até ao consumo dos frutos.

Se por contrário, aquilo que pretende é uma venda mais local, então poderá diversificar mais as variedades utilizadas, de modo a fornecer esse mercado, de forma, mais ou menos contínua, durante o mais largo período de tempo possível.
De realçar que, dependendo do local, é possível colher mirtilos, em Portugal, durante um período que vai desde Abril até Outubro.
O outro fator que deve ponderar é, como já referido, o da mão de obra disponível para a colheita.
Naturalmente que quanto mais concentrada for essa época de colheita, maiores vão ser as necessidades de mão de obra para a realizar. Daí ser muito importante ter em atenção este aspecto, na hora de escolher as variedades. 

Só para darmos um exemplo, plantas da variedade Duke podem ter os seus frutos colhidos em cerca de 2 semanas, enquanto que plantas da variedade Chandler podem demorar até 6 ou 8 semanas a amadurecerem todas as suas bagas.

Em todo o caso será sempre recomendável utilizar um mínimo de 2 ou 3 variedades diferentes, de modo a promover a polinização cruzada das flores dos Mirtilos, uma vez que isto irá aumentar o calibre dos frutos e consequentemente a produção do seu pomar.

Como dá para perceber, a eleição das variedades a colocar no seu pomar de Mirtilos, nunca deverá ser aleatória, ou estar limitada à disponibilidade do viveiro onde vai comprar. Sendo uma decisão que vai influenciar o pomar para sempre.
Faça um estudo sério, para escolher as variedades que melhor se enquadram naquilo que pretende e nas condições que tem para produzir. Depois, procure essas plantas com antecedência, de modo a poder ter exatamente o que pretende.

No VIVEIRO DO LIMA trabalhamos com laboratórios de multiplicação in-vitro, que nos garantem a qualidade das plantas fornecidas. Sendo que a nossa estrutura nos permitem preparar plantas de qualquer variedade, para a plantação, num espaço reduzido de tempo.
Visite-nos e venha conhecer os nossos Mirtilos.


É sempre bom conhecer as suas plantas com antecedência, evitando surpresas no dia da entrega.
Aqui vai encontrar uma vasta gama de variedades, não só as mais comuns e conhecidas, como também algumas menos usuais como o Mirtilo Rosa (Pink Lemonade) ou o Mirtilo Anão (Polaris e Northblue).

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